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ILHABELA: DRAGAGEM DO BERÇO DA BALSA COMEÇA EM DEZEMBRO E NÃO PARA A OPERAÇÃO

Obra de R$ 6,4 milhões vai remover 22 mil m³ de sedimentos e restabelecer 3,7 m de profundidade.

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) inicia, na primeira quinzena de dezembro, a dragagem do berço de atracação da travessia São Sebastião–Ilhabela. O objetivo é recuperar a profundidade ideal, evitar retenções em áreas rasas e prevenir danos às balsas. A intervenção será executada sem interromper o serviço.

O contrato prevê atuação em cerca de 20 mil m², com retirada aproximada de 22 mil m³ de sedimentos — o equivalente a 1,5 mil caminhões. A obra restabelecerá a cota mínima de 3,7 metros, comprometida por assoreamento natural causado por chuvas, ventos, correntes e pelo tráfego diário. O prazo estimado é de até 90 dias, com monitoramento contínuo da fauna marinha e participação de associações e órgãos públicos.

A travessia responde por 22% do volume do sistema estadual e transporta, em média, 11 mil pessoas por dia. Na alta temporada, a demanda cresce de forma expressiva — no último Réveillon, o aumento foi de 42%. Segundo a Semil, o planejamento foi ajustado para manter o fluxo de embarcações, veículos e pedestres, sem filas adicionais.

Para preparar o início dos trabalhos, a pasta realiza dez encontros com sociedade civil, empresas e poder público, a fim de apresentar cronograma, monitoramentos ambientais e tirar dúvidas. Os dois primeiros estão marcados para 11 e 12 de novembro, às 18h30: no dia 11, em Ilhabela, no Centro de Apoio Pedagógico (Av. Tiradentes, 300, Barra Velha); no dia 12, em São Sebastião, no Auditório da Docas (Av. Dr. Altino Arantes, 372, Centro). Nesta etapa, serão montados diques de contenção e definida a área de depósito do material dragado.

Desde 2023, o eixo São Sebastião–Ilhabela recebeu mais de R$ 80 milhões em melhorias: modernização de sete embarcações, obras nos atracadouros, reforma da estação de passageiros de São Sebastião e reforço do muro de atracação. Outras duas embarcações reformadas estão previstas até 2026. Segundo o subsecretário de Logística e Transportes, Denis Gerage Amorim, o desassoreamento do berço é “estruturante e aguardado há anos” e foi planejado para não provocar atrasos nem interferir no fluxo da travessia.