Quadrilha invade terminal de cargas, rende funcionários e foge com carga milionária em área pública do aeroporto.
Uma quadrilha armada invadiu o Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos na última sexta-feira (6) e levou duas remessas de botox avaliadas em R$ 7 milhões. A carga, que veio da Holanda e tinha como destino uma empresa em Barueri, na Grande São Paulo, foi interceptada por pelo menos cinco homens fortemente articulados.
O ataque aconteceu no fim da tarde, dentro da área alfandegária do terminal. O motorista, de 52 anos, havia acabado de lacrar o caminhão e esperava autorização para seguir viagem quando foi surpreendido por um criminoso encapuzado. Em seguida, o conferente da carga, de 37 anos, também foi rendido. Os dois foram feitos reféns enquanto o grupo executava a ação.
Com aparência de operação profissional, os criminosos forçaram o motorista a ligar para a transportadora e inventar um defeito na trava do baú. Nesse momento, outro caminhão baú se aproximou, e a carga milionária foi rapidamente transferida. Tudo isso aconteceu sem levantar suspeitas: os assaltantes usaram tíquetes comuns para sair do estacionamento do terminal.
Os reféns foram levados para uma garagem desconhecida, onde permaneceram sob vigilância até a madrugada. Durante o cativeiro, os criminosos serviram salgadinhos, refrigerante e até permitiram que os dois fossem ao banheiro. Por volta das 2h40 da manhã, ambos foram libertados na rodovia Ayrton Senna, sentido capital. Antes de irem embora, os bandidos devolveram os celulares das vítimas e deram R$ 60 para que chamassem um carro de aplicativo.
A Polícia Militar foi acionada após o resgate, mas até agora, ninguém foi preso. O caso está sendo investigado, e a falta de imagens nítidas ou descrições dos suspeitos dificulta a identificação dos envolvidos. A Polícia Federal e a Receita Federal também devem atuar nas apurações, já que o crime aconteceu em área federal e de alta segurança.
A GRU Airport informou que o assalto ocorreu em uma área pública do aeroporto, onde ficam estacionados caminhões de empresas que atuam no local, e não houve invasão do terminal de cargas, cuja segurança é de responsabilidade da concessionária. A empresa se solidariza com as vítimas e se coloca à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.