Suspeito admitiu ter matado Sarah Picolotto, de 21 anos; decisão provoca repúdio de entidade de defesa das mulheres
A Justiça de Ubatuba liberou nesta sexta-feira (15) Alessandro Neves Santos Ferreira, de 24 anos, acusado e confesso de matar Sarah Picolotto dos Santos Grego, de 21 anos. A soltura ocorreu no mesmo dia em que a Polícia Civil solicitou a prisão temporária e o Ministério Público se manifestou favoravelmente à medida.
Sarah havia desaparecido em 9 de agosto, após viajar de Jundiaí ao litoral. Seu corpo foi encontrado em área de mata no bairro Rio Escuro, coberto por folhas, depois que Alessandro indicou o local à polícia. Segundo o depoimento, ele a enforcou após um encontro em sua casa, alegando estar sob efeito de drogas, e ocultou o corpo.
Investigações apontam que, antes do crime, a vítima ingeriu bebida alcoólica e manteve contato sexual com cinco homens, incluindo o acusado. A Polícia Civil apura possível estupro de vulnerável coletivo, com base em vídeos obtidos. Exames necroscópico, toxicológico e sexológico foram solicitados.
O Instituto Todas por Uma divulgou nota de repúdio, classificando a decisão judicial como “inadmissível” e “um grave sinal de negligência com a vida das mulheres”. O caso segue sob investigação da Delegacia Seccional de São Sebastião e do Deinter-1, em São José dos Campos.
