O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) está confirmado para reassumir a presidência nacional do PSDB a partir de dezembro deste ano, com a missão de recuperar a relevância da sigla e ampliar sua bancada de deputados federais para pelo menos 30 cadeiras nas eleições de 2026 — mais que o dobro dos 13 mandatos atuais conquistados pelo partido.
Contexto da transição
O atual presidente da legenda, Marconi Perillo, deixará o cargo em 30 de novembro para se dedicar à sua pré-candidatura ao governo de Goiás, cargo que já ocupou por quatro mandatos.
A transição está prevista para ocorrer no início de dezembro.
Essa não é a primeira vez que Aécio comanda o partido: ele já presidiu o PSDB entre 2013 e 2017, período durante o qual foi o último nome competitivo da sigla nas eleições presidenciais (chegou ao segundo turno em 2014, mas foi derrotado por Dilma Rousseff)
Desafios e estratégia para 2026
O momento escolhido para sua volta ao partido ocorre em meio a fases difíceis para o PSDB. Desde 2018, com a eleição de Jair Bolsonaro (PL), o PSDB vem perdendo protagonismo. Em 2022, pela primeira vez desde sua fundação, não lançou candidato à Presidência.
Além disso, perdeu recentemente seu último governador, Eduardo Riedel, que saiu da sigla para se filiar ao PP no Mato Grosso do Sul.
Também enfrentou rompimentos federativos: a Federação PSDB–Cidadania, formada desde 2022, está em processo de dissolução.
A nova gestão de Aécio pretende reposicionar o partido como alternativa de centro, com apelo à responsabilidade fiscal e renovação de quadros para enfrentar 2026.
Em algumas reportagens, já se especula que ele avalia se concorrerá a deputado federal, ao Senado ou até ao governo de Minas Gerais, embora nada tenha sido confirmado oficialmente até agora.