Ex-presidente é acusado de descumprir medidas cautelares e teve celular apreendido pela Polícia Federal
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada após a constatação de que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas há dez dias, que o proibiam de usar redes sociais, inclusive por meio de terceiros.
A Polícia Federal cumpriu mandado de busca na casa do ex-presidente, em Brasília, e apreendeu um celular. Moraes também proibiu visitas, exceto de familiares próximos e advogados.
Segundo a decisão, Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados e familiares para publicar mensagens consideradas como incentivo a ataques ao Supremo Tribunal Federal e de apoio a atos contra o Poder Judiciário. Uma das publicações foi divulgada no perfil do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, e posteriormente apagada.
Moraes justificou que a prisão domiciliar foi necessária para impedir a continuidade das infrações. As medidas cautelares anteriores incluíam o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de deslocamento, que agora foram substituídas por reclusão domiciliar.
O ministro destacou que as condutas do ex-presidente representam tentativa de obstrução à Justiça e risco de novas violações. Além da prisão domiciliar, Moraes determinou o recolhimento de todos os aparelhos de comunicação da residência de Bolsonaro.