Ministério Público e Justiça italiana investigam possível fraude fiscal envolvendo a holding Lagfin, sediada em Luxemburgo
Roma — A Polícia da Itália anunciou a apreensão de cerca de 1,3 bilhão de euros (aproximadamente US$ 1,5 bilhão) em ativos da Lagfin, empresa controladora do grupo Campari, tradicional fabricante de bebidas alcoólicas.
A decisão foi autorizada pela Justiça italiana a pedido do Ministério Público, no contexto de uma investigação sobre suposta fraude fiscal. Segundo as autoridades, a apuração se concentra em impostos que não teriam sido devidamente pagos sobre ativos transferidos ao exterior.
De acordo com os promotores, a Lagfin, holding sediada em Luxemburgo, teria deixado de recolher impostos sobre ganhos de capital estimados em 5,3 bilhões de euros (ou US$ 6,15 bilhões) obtidos após uma reorganização societária que envolveu uma subsidiária italiana responsável pelo controle da Campari.
A operação, segundo a investigação, teria deslocado a base tributária da empresa para fora da Itália, levantando questionamentos sobre o cumprimento das obrigações fiscais. As autoridades destacam, entretanto, que o alvo da investigação é a Lagfin, e não o grupo Campari, que tem sede em Milão e é listado na Bolsa de Valores da Itália.
Em nota divulgada no dia 31 de outubro, a Lagfin afirmou que o processo “diz respeito a uma disputa fiscal iniciada há cerca de dois anos e que não envolve o Campari Group de forma alguma”.
Serviço:
• Autoridade responsável: Ministério Público da Itália
• Medida judicial: Bloqueio de 1,3 bilhão de euros em ativos
• Empresa investigada: Lagfin (controladora da Campari)
• Localização: Luxemburgo / Itália
• Status: Investigação em andamento
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