Profissionais reclamam da falta de comunicação institucional e dizem que cidade vive “apagão informativo” desde troca de secretários
A Prefeitura de Ubatuba tem sido alvo de críticas de jornalistas e veículos da cidade por não informar nem convidar a imprensa local para inaugurações, entregas de obras e demais ações oficiais — prática que é rotina em outras administrações do Litoral Norte, que mantêm mailing ativo e comunicação direta com os meios regionais.
Em menos de uma semana, três inaugurações foram realizadas sem aviso prévio aos profissionais de imprensa: a reforma do atendimento da Santa Casa, a nova unidade da Estratégia de Saúde da Família (ESF) da Praia da Fortaleza e, na quarta-feira (22/10), a reabertura da UPA Maranduba, com presença da prefeita Flávia Pascoal, do vice Custódio Barreto, de deputados e prefeitos da região.
As informações e imagens do evento foram divulgadas apenas em redes sociais de autoridades e veículos de fora da cidade, enquanto nenhum canal oficial da Prefeitura enviou convite, release ou comunicado aos jornalistas locais.
A situação se agravou desde 31 de julho de 2025, quando ocorreu nova mudança na equipe de governo: Bruno Nunes, bacharel em Turismo e sem experiência na área de comunicação, assumiu a Secretaria de Comunicação, substituindo Anderson Paiva, que era elogiado pela boa relação com a imprensa e interlocução técnica.
Com isso, jornalistas relatam que não há mais repasses regulares de informações, releases, convites ou respostas a pautas — o que compromete a transparência e o acesso da população às ações do poder público.
“Nenhum veículo da cidade tem recebido comunicados oficiais. Ficamos sabendo dos eventos depois que já aconteceram, pelas redes sociais”, afirmou um repórter local.
A troca de titulares — a quinta em pouco mais de quatro anos — reforça a percepção de instabilidade e falta de critério técnico na condução da comunicação pública municipal.
Enquanto outras prefeituras da região mantêm assessorias ativas e mailing de imprensa atualizado, Ubatuba enfrenta um vácuo de comunicação, que jornalistas têm chamado de “apagão informativo”.
Até o fechamento desta reportagem, a Prefeitura de Ubatuba não havia se manifestado sobre a falta de transparência e a ausência de convites à imprensa local.