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UBATUBA: CARTA ABERTA SUSPEITA FIM DO TERMINAL URBANO DE ÔNIBUS

Moradores denunciam falta de estrutura e cobrança por explicações da Prefeitura e Câmara

A população de Ubatuba foi surpreendida no último fim de semana com uma “Carta Aberta” viralizada nas redes sociais, que denuncia o possível encerramento das operações do terminal urbano de ônibus da região central – tradicionalmente conhecido como “ponto final”. De acordo com o documento, o espaço está prestes a ser desativado para dar lugar a um supermercado, embora essa informação ainda não tenha sido confirmada oficialmente.

O conteúdo da carta expressa indignação diante do silêncio da Prefeitura e da Câmara Municipal, que até o momento não emitiram notas oficiais sobre a possível desativação, nem apresentaram qualquer projeto de lei, decreto ou comunicado formal informando a população. Denúncias extraoficiais sugerem que alguns vereadores teriam vistoriado a Praça 13 de Maio como alternativa para embarque e desembarque temporários, mas sem documento público que respalde essa mudança.

Segundo o texto, o terminal está sem manutenção há anos e atualmente funciona como abrigo improvisado para moradores de rua, evidenciando o abandono das políticas públicas voltadas à mobilidade urbana e à assistência social. Os signatários lamentam que, com o fim do terminal, os embarques passarão a ocorrer em pontos improvisados, sem abrigos, bancos ou proteção contra sol e chuva – situação que expõe os mais vulneráveis, como idosos, gestantes, crianças e pessoas com deficiência.

A carta também critica a Câmara Municipal, composta por dez vereadores, que “com salários de R$ 15 mil mensais”, deveriam agir com mais responsabilidade em momentos de crise na prestação de serviço público. “Menos politicagem e mais solução”, afirma trecho do texto, que exige posicionamento imediato dos representantes eleitos.

Esse cenário se soma à já crítica prestação de serviço pela empresa emergencial SOU Ubatuba. Fiscalizações em abril resultaram na autuação da empresa e recolhimento de ônibus pela Prefeitura, após constatação de problemas mecânicos e má conservação. Desde então, têm sido frequentes os relatos de atrasos, superlotação, falta de comunicação e precariedade na estrutura para os usuários.

Na sexta-feira (13), uma sessão extraordinária foi convocada para discutir o processo de licitação da nova empresa de transporte. O texto da carta nota que apenas nessa data foi aprovado um projeto que estabelece prazo de 45 dias para início do certame – uma “solução tardia”, na avaliação dos moradores, já que choques urgentes por respostas não podem aguardar.

Enquanto a população espera esclarecimentos sobre a permanência ou não do terminal – e eventuais planos para sua substituição –, cresce a pressão por um posicionamento oficial e transparente dos órgãos públicos. A carta conclama por respeito e urgência: “O povo de Ubatuba não pode mais esperar.”

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