Secretaria de Saúde realizou vistoria técnica, mas promete reforçar orientação a motoristas; pacientes cobram conforto e segurança
Após a denúncia feita por uma paciente do sistema público de saúde de Ubatuba sobre transporte em veículo sem ventilação adequada, a Prefeitura respondeu nesta quarta-feira (14) à reportagem da Rádio A Guardiã da Notícia, afirmando que o sistema de ar-condicionado está em pleno funcionamento.
A reclamação partiu da Sra. Alessandra Gomes, que realiza sessões de hemodiálise em Caraguatatuba e denunciou o transporte em uma van sem ar-condicionado, janelas ou circulação de ar adequada, o que, segundo ela, coloca em risco os pacientes imunocomprometidos. O caso ganhou atenção especial devido ao aumento de doenças respiratórias no município.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, após o recebimento da denúncia, foi realizada uma vistoria técnica no veículo citado, com a presença de representantes da empresa contratada. Segundo o comunicado, o equipamento de ventilação da van, assim como dos demais veículos da frota utilizada para transporte sanitário, estaria em conformidade com os padrões exigidos.
No entanto, a própria SMS reconheceu a necessidade de reforçar a orientação aos motoristas, especialmente sobre a correta utilização do ar-condicionado e a importância da circulação de ar, sobretudo neste período de maior incidência de gripes e infecções respiratórias.
A prefeitura também informou que mantém canais oficiais de ouvidoria para registro de manifestações dos usuários e que apenas as demandas encaminhadas por esses meios possibilitam ações formais e cobrança efetiva às empresas terceirizadas.
Apesar da vistoria e das garantias técnicas, o relato de desconforto segue levantando dúvidas sobre a qualidade real do serviço e a rotina enfrentada por pacientes que dependem do transporte público para tratamentos médicos frequentes e delicados.
A reportagem segue acompanhando o caso e permanece com espaço aberto para que a Secretaria de Saúde, a empresa contratada e os usuários do serviço possam se manifestar. Segurança e dignidade no transporte de pacientes não devem ser luxo — são obrigação.
