Artista mineiro vivia em Paris e enfrentava problemas decorrentes de malária contraída nos anos 1990
Faleceu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, o fotógrafo Sebastião Salgado, reconhecido mundialmente por seu trabalho humanista e documental. Segundo informações da família, ele enfrentava complicações de saúde causadas por uma malária contraída durante expedições na década de 1990. Salgado vivia em Paris, na França.
Nascido em Aimorés (MG), em 1944, formou-se em economia, mas foi na fotografia que encontrou sua verdadeira missão. Durante mais de 40 anos, percorreu mais de 120 países, capturando imagens impactantes da realidade social, da migração, do trabalho e da natureza.
Projetos como Trabalhadores, Êxodos, Gênesis e Gold se tornaram marcos da fotografia contemporânea. Com sensibilidade e rigor estético, Salgado documentou as dores e resistências da humanidade, sempre guiado por uma visão ética e comprometida.
Ao lado da esposa, Lélia Wanick Salgado, criou o Instituto Terra, responsável por um dos maiores projetos de reflorestamento do país, no Vale do Rio Doce. O casal transformou áreas degradadas em mata atlântica nativa, unindo arte, ciência e preservação ambiental.
O legado de Sebastião Salgado permanecerá como símbolo da potência da imagem na defesa da justiça social e da dignidade humana.
