ANÁLISE DE GABRIELLE TRICANICO NO DOWNLOAD DA NOTÍCIA – 2ª EDIÇÃO
A relação entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e sua base aliada começa a apresentar sinais claros de desgaste. O Partido Progressistas (PP), que integra formalmente o arco de apoio ao governo, passou a expressar publicamente insatisfação com o modelo de articulação política adotado pelo Palácio dos Bandeirantes, especialmente na relação com prefeitos e lideranças municipais.
O ponto central da crítica é a ausência de uma agenda municipalista consistente. Para o PP, o governo tem priorizado uma gestão técnica e centralizada, deixando em segundo plano a interlocução política com os municípios — peça-chave para a sustentação da base no interior do Estado e para a construção de alianças eleitorais de médio e longo prazo.
Em entrevista à jornalista Gabrielle Tricanico, o presidente estadual do PP, Maurício Neves, afirma que há uma percepção generalizada entre prefeitos da legenda de falta de atenção por parte do governo estadual. Segundo ele, dificuldades de comunicação, baixa escuta política e pouco protagonismo dos municípios nas decisões estratégicas têm alimentado um ambiente de desconforto dentro do partido.
O movimento do PP não é isolado e revela um dilema maior da gestão Tarcísio: como equilibrar uma administração orientada por critérios técnicos com a necessidade de manter uma base política ativa, especialmente em um Estado com forte peso municipal e calendário eleitoral no horizonte.
A ameaça de lançamento de candidatura própria ao governo de São Paulo, ainda que funcione como instrumento de pressão política, sinaliza um alerta importante para o governo: sem ajustes na articulação e no diálogo federativo, fissuras na base podem se aprofundar e comprometer a governabilidade.
A análise completa você acompanha na coluna de Gabrielle Tricanico, no Download da Notícia – 2ª Edição, com os bastidores, os interesses em jogo e os possíveis desdobramentos no cenário político paulista.
