Consirj aponta atraso no pagamento de médicos por falta de repasses e alerta para impacto direto no atendimento
A situação da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Jales entrou no centro do debate regional após reclamações de pacientes sobre demora no atendimento, com relatos de espera de cerca de cinco horas. O tema foi discutido em reunião realizada na manhã da última sexta-feira (19), na sede do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região de Jales (Consirj), com prefeitos e representantes de 12 municípios consorciados.
A diretoria do Consirj afirmou que um dos principais fatores para a lentidão no atendimento é o cenário de instabilidade na equipe médica, ligado a salários atrasados. Segundo o consórcio, o pagamento dos médicos deveria ter sido feito na segunda-feira (15), mas até a sexta-feira (19) não havia sido depositado. Na prática, a consequência é direta para quem mais precisa: a população, que chega à unidade em busca de assistência e encontra filas prolongadas e atendimento mais demorado, especialmente nos casos que não se enquadram como urgência e emergência.
De acordo com o Consirj, a demora também ocorre porque os profissionais, diante do quadro de atraso, estariam priorizando atendimentos de urgência e emergência, o que aumenta o tempo de espera para os demais pacientes. O consórcio sustenta que o atraso no pagamento acontece por falta de repasses da Prefeitura de Jales, e informou que a dívida do município com o Consirj alcança R$ 3,2 milhões.
