Obra nas ruínas históricas teve prazo estendido após identificação de instabilidade estrutural e aumento de custos, segundo a Fundação Florestal.
A conclusão da restauração das ruínas do antigo presídio da Ilha Anchieta, em Ubatuba, foi adiada para 2026. A informação foi divulgada pelo g1 Vale do Paraíba e Região. A previsão inicial era de entrega até junho deste ano, mas a Fundação Florestal, responsável pela obra, estendeu o prazo após identificar instabilidade nas paredes durante a execução dos trabalhos.
Segundo o órgão, a situação exigiu reforço nas fundações e na estrutura para contenção das ruínas. A nova previsão é que a obra seja concluída em abril de 2026. Com a necessidade de intervenções adicionais, o custo da restauração também aumentou. O valor inicial era de R$ 4,565 milhões, foi reduzido para R$ 4,282 milhões e, posteriormente, reajustado para R$ 6,469 milhões.
Até o início deste ano, já haviam sido realizados estudos técnicos, projetos executivos, limpeza, recuperação das estruturas e instalação de escoramentos provisórios, além de reforços estruturais considerados necessários.
O antigo presídio, desativado em 1955, ficou marcado pela rebelião de 1952, considerada uma das maiores da história do país, quando 129 detentos fugiram da ilha. O episódio terminou com 25 mortos, entre presos e agentes estatais, segundo registros do inquérito policial.
Atualmente, o local integra o Parque Estadual da Ilha Anchieta e permanece aberto à visitação, mediante pagamento de taxa de entrada.
