Bagre é o peixe que mais provoca acidentes no Brasil; ferimento exige atendimento médico imediato.
A presença de grande quantidade de bagres mortos na Praia do Perequê-Açu, em Ubatuba, preocupa moradores e frequentadores desde a semana passada. Ouvintes relataram à Rádio Costa Azul que o número de peixes espalhados pela faixa de areia e no mar aumentou nos últimos dias. Até o momento, o Instituto Argonauta informou que não foi acionado para verificar a ocorrência.
Segundo relatos de quem trabalha na orla, em apenas um dia foram recolhidos mais de 150 peixes mortos na faixa de areia. Frequentadores afirmam que a situação se repete há quase uma semana. Em um dos depoimentos, um morador mostra um balde cheio de bagres e diz que aquilo representa o que foi retirado em cerca de dois minutos de coleta, em dias de limpeza de rotina.
No fim de semana, houve registro de acidente com banhista, que sofreu perfuração por ferrão de bagre em dia de praia cheia. O caso acende a preocupação porque o bagre é apontado como o peixe que mais provoca acidentes no Brasil, e o contato com o ferrão é descrito por vítimas como uma dor descomunal. O ferrão pode quebrar dentro da pele, favorecer infecção e até necrose do tecido se não houver cuidado adequado.
O QUE FAZER SE PISAR EM UM BAGRE OU LEVAR FERRÃO
– Procurar atendimento médico imediatamente, mesmo que a dor pareça suportável no início.
– Não tentar arrancar o ferrão “na força” com a mão ou objetos improvisados; isso pode quebrar mais fragmentos dentro da pele.
– Lavar o local com água limpa do chuveiro ou soro, se disponível, sem esfregar.
– Manter o membro atingido imóvel e, se possível, em posição confortável até chegar ao serviço de saúde.
– Evitar automedicação e receitas caseiras (álcool, querosene, substâncias químicas) que podem piorar o quadro.
No pronto atendimento, a equipe médica poderá avaliar a necessidade de remoção cirúrgica do ferrão, aplicação de analgésicos, antibióticos e atualização de vacinas, conforme o caso. Em situações de dor intensa, inchaço importante, sinais de infecção ou dificuldade para movimentar o membro, a ida ao médico é ainda mais urgente.
A situação em Ubatuba lembra o episódio recente em Caraguatatuba, onde uma grande quantidade de bagres atingiu praias como Martim de Sá e Indaiá, com registro de vários feridos em um mesmo fim de semana.
Até o momento, não há informações oficiais em Ubatuba sobre a causa da morte dos animais nem sobre ações estruturadas de recolhimento. Moradores cobram atuação dos órgãos ambientais e da Prefeitura e reforçam a preocupação com novos acidentes às vésperas da temporada de verão.
