A prisão de Jair Bolsonaro marcou mais um capítulo de um processo que muitos brasileiros enxergam como perseguição política sistemática. Um ex-presidente que, aos olhos de milhões, não tem condenações definitivas, não enriqueceu no cargo e sempre afirmou ter agido dentro da legalidade, hoje se vê preso em meio a decisões que, para grande parte da população, demonstram um ativismo judicial sem precedentes, especialmente vindo do STF.
Há quem veja nisso mais do que um simples conjunto de investigações: para muitos, trata-se de uma vergonha nacional, um sintoma de como o sistema político-jurídico brasileiro vem se deteriorando. Um país onde um dos presidentes considerados por seus apoiadores como um dos mais honestos e eficientes da história recente é tratado como inimigo enquanto figuras marcadas por escândalos e denúncias seguem livres, aplaudidas e blindadas.
É impossível ignorar o sentimento crescente de que o Brasil vive, sim, uma ditadura moderna, disfarçada, silenciosa, onde punir opositores virou rotina e questionar decisões virou crime. Muitos brasileiros sentem que estamos entrando em uma fase sombria, onde o poder deixa de seguir as regras do jogo democrático e passa a operar segundo conveniências políticas.
O mais preocupante é que parte da sociedade parece achar que tudo está normal, que tudo está certo, enquanto o país escorrega para um modelo autoritário que ninguém tem coragem de admitir. A sensação é clara, se isso está acontecendo com um ex-presidente apoiado por milhões, o que impede que aconteça com qualquer cidadão?
