Imóvel de luxo, avaliado em quase R$ 2 milhões, enfrenta disputas judiciais e problemas ambientais
Dezesseis anos após a morte do estilista, apresentador e ex-deputado federal Clodovil Hernandes, a mansão que pertenceu a ele em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo, segue cercada por polêmicas, abandono e impasses judiciais.
Construída em meio à Mata Atlântica, a casa, localizada no Condomínio Sertãozinho, tinha 20 cômodos, nove suítes, piscina com vista para o mar e decoração luxuosa, avaliada em cerca de R$ 2 milhões. Hoje, está em ruínas — com estrutura comprometida, piscina abandonada e sinais de deterioração.
Em 2008, Clodovil foi condenado por degradação ambiental, após a Justiça apontar que parte da construção avançou sobre área de proteção do Parque Estadual da Serra do Mar. Parte do imóvel chegou a ser demolida.
Após sua morte, em 2009, o espólio do estilista passou a ser administrado por advogados. Em 2018, a mansão foi leiloada por R$ 750 mil, mas a compradora desistiu da aquisição, alegando que o imóvel ainda possuía pendências ambientais.
Neste ano, o Ministério Público voltou a cobrar a demolição completa da área, alegando que o terreno permanece em área de proteção ambiental. O imóvel, segundo o MP, não possui regularização definitiva.
Durante a vida, Clodovil declarou o desejo de transformar a casa em um museu ou instituição beneficente, o que nunca se concretizou. Parte de seus bens e objetos pessoais foi vendida em leilões para quitar dívidas.
Sem herdeiros diretos, o destino da mansão — que simboliza o luxo e a controvérsia que marcaram o estilista — segue indefinido.